Público-Alvo é quem compra quem quer e quem pode pagar
E se eu te disser que público-alvo é quem compra quem quer e quem pode pagar? Se você trabalha com Marketing Digital e está tendo dificuldades para entregar resultados para seu cliente saiba que você pode estar errando na definição do Público-Alvo.
A definição do Público-Alvo da sua marca ou da marca do seu cliente é a base para o sucesso ou fracasso das suas campanhas. Quando comecei a trabalhar com Marketing Digital eu levava à risca o que aprendi na Faculdade. Quem sou eu para pensar diferente do Pai do Marketing P. Kotler? Errado ele não está, mas ele está 100% certo?
Definir o Público-Alvo e a aclamada Persona é algo que as “Agências ACME” (aquelas que amam nomenclaturas complicadas, mas que não aparecem na hora dos resultados ruins) e donos de negócios amam fazer. E esse trabalho não só pode como deve ser feito por todo negócio que deseja obter sucesso.
O problema acontece quando eles decidem criar um produto baseado nas necessidades deles mesmos e acreditam que eles são o Público-Alvo da marca. Que quem vai comprar o produto é Mulher entre 25 e 40 anos, que gosta de viajar, praticar esporte e tomar vinho. Quem sou eu para decidir que essa é pessoa que vai comprar meu produto? Só porque gosto de vinho?
Público-Alvo é quem compra quem quer e quem pode pagar
Não me entenda mal, não estou aqui para dizer que Público-Alvo é balela e que você tem que vender seu produto para todo mundo, sem critério algum. Mas a internet é bem diferente da famosa Champs-Élysées em Paris, onde o pobre ou a classe média pode se sentir constrangido em entrar na CHANEL.
Quando eu tinha um e-commerce de roupa infantil, um dia o motoboy me ligou com medo de fazer a entrega. Ele estava na entrada de uma favela em São Paulo. Eu não sabia, mas a MAIOR cliente da loja, que às vezes chegava a fazer 20% das compras no mês era mulher de policial, que fazia bolo para vender e morava no topo do morro. O filho dela, no entanto só usava Levi’s, Tommy Hilfiger e Diesel.
Aposto que essas marcas não pensaram nela como Público-Alvo ou Persona quando foram criadas. Por isso o exercício de criar um produto e uma comunicação adequada para um público específico dever ser feito com cuidado. Mas não podemos descartar as exceções e criarmos preconceitos quando planejamos nossas campanhas e anúncios nas maiores plataformas de publicidade digital.
A história real do meu e-commerce de marcas AA para criança me ensinou que no seu site entra e compra quem quer e quem pode pagar! Sem a vergonha de ser discriminado com Vivian Ward, personagem da Júlia Roberts no filme Uma Linda Mulher.
Você já fez uma série de suposições imaginando quem seria seu Público-Alvo? Pode ser que isso esteja impedindo o crescimento da sua marca ou da marca do seu cliente.
Me conta aqui nos comentários como você define o Público-Alvo 🙂